terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ode à Terra

Como se fosse ritual antropofágico
As expressões tornam-se rústicas
Ouça! Eis o prelúdio da primitiva música,
Que através do âmago soa mágico

Transpiro a alma pelos poros
Através desta ascensão cósmica
Ausente de qualquer razão lógica
Renasço da terra em busca de ouroboros

O negro batuque incita a dança rupestre,
E a argila confundisse com a carne humana
Pois ambas surgem do mesmo ventre

Eis nossa mãe, de beleza africana
Que do seu leito materno
Sublime proteção nos emana

Patricia Carvalho

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